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HU-UEPG finaliza maior mutirão de ortopedia com mais de 300 cirurgias eletivas

28 de julho de 2025 - 18:19
Texto: Aline Jasper | Fotos: Aline Jasper e Luciane Navarro

Quanto vale cada dia a menos de dor? Para o Hospital da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HU-UEPG), muito. Por isso, entre novembro de 2024 e julho de 2025, um mutirão inédito de cirurgias eletivas de ortopedia reduziu a espera por procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para mais de 300 pessoas. As últimas cirurgias previstas pelo mutirão aconteceram neste sábado (26).

Foram realizadas 306 cirurgias de quadril, joelho e mão: prótese de quadril, prótese total de joelho, lesão ligamentar de joelho, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho e dedo em martelo. “A Universidade Estadual de Ponta Grossa cumpre a sua função social através desse importante mutirão, que muda a vida das pessoas. Alguns pacientes estavam na fila há seis anos e agora já estão de volta com saúde nos seus lares”, comemorou o reitor da UEPG, professor Miguel Sanches Neto.

“Quando eu recebi a ligação falando que tinha um mutirão e perguntando se eu ainda estava aguardando pela cirurgia, quase nem acreditei. Eu fiquei muito feliz. Finalmente ia acabar aquela dor”. A fala é da dona Denice Rosa, que foi uma das primeiras pacientes a realizar a artroplastia de quadril pelo mutirão, em dezembro do ano passado. Ela sentia muitas dores para sentar, levantar e até para se mexer na cama, desde 2016. Em 2023, operou um dos lados do quadril e recebeu a notícia de que precisava realizar a cirurgia no outro lado – e rápido. “Começou a piorar muito, e o tempo passava e a fila não andava tão rápido quanto eu precisava”, lembra. “Esses mutirões são muito bons pra gente”. Depois das cirurgias, agora, sim, há qualidade de vida para finalmente devolver a bengala emprestada de uma amiga em 2016, quando iniciou a longa espera. “Agora eu ando, sou outra pessoa”, comemora.

Essa também é a realidade de Adair Rodrigues Machado, que é de Jaguariaíva e operou o quadril no início de dezembro. “Ótimo trabalho dos médicos e profissionais envolvidos nesse mutirão, acabou as dores que eu tinha”, enaltece. “Ajuda muitas pessoas que sofrem, e estão na fila de espera”

O mutirão não interfere na rotina do Centro Cirúrgico do HU: as cirurgias foram feitas aos fins de semana. No ritmo normal do setor, em que também acontecem outros procedimentos eletivos e emergenciais (o HU é referência para cirurgia geral, ortopédica, pediátrica, otorrinolaringologia, ginecológica, vascular, entre outras), o Hospital também tem registrado, todos os meses, números recordes de cirurgias.

O mutirão integra uma ação do Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, o Opera Paraná, que visa reduzir a espera por cirurgias eletivas. O Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, ressaltou a parceria intersetorial que contribui para a população por meio de ações como o mutirão de ortopedia do HU-UEPG. “É uma grande colaboração desse hospital que é importante para toda a região dos Campos Gerais e para o Estado do Paraná como um todo”, congratulou o Secretário.

“É um ato de grandeza. Nós demos respostas para aquilo que as pessoas precisam”, enfatiza o Secretário da Saúde, Beto Preto. “Vim aqui em nome da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, deixar meus respeitos a todos os profissionais de saúde, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, a todos que se dignificaram a fazer esse trabalho acontecer na vida de tantas pessoas. É o maior mutirão da história do HU, e eu tenho certeza que outras oportunidades virão na sequência”.

A diretora-geral dos HUs da UEPG, professora Fabiana Mansani, explica que a fila de espera pelas cirurgias eletivas ficou represada pela pandemia de Covid-19. “Com o mutirão, o giro dessa fila se tornou muito mais ágil, com toda a qualidade, cuidado e segurança dos atendimentos de excelência dos HU. A agilidade do atendimento para esses pacientes, qualidade de vida e um futuro melhor são as principais conquistas desse mutirão”, aponta.

O vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate, destacou o empenho das equipes do HU, que se desdobraram para tornar possível o mutirão. “É uma ação completa, com consultas pré-cirúrgicas, cirurgias e o acompanhamento pós-cirúrgico, que beneficiou muito nossa população, fazendo com que as filas consigam avançar. Nossos agradecimentos às equipes que se dedicaram bastante para que nós atingíssemos esse objetivo tão importante para a comunidade”.

Redação Agora1
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