O Tribunal do Júri de Ponta Grossa, nos Campos Gerais, condenou nesta quinta-feira, 13 de julho, um casal denunciado pelo Ministério Público do Paraná como responsáveis pela morte de um jovem de 19 anos ocorrida em fevereiro de 2022. As investigações apontaram que o rapaz, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), era vítima de maus-tratos praticados pelos réus agora condenados, sua mãe e seu padrasto.
Mãe e padrasto de jovem morto em PG são presosO jovem foi encontrado morto em casa, no dia 18 de fevereiro de 2022, vítima de diversos golpes. De acordo com as apurações da autoridade policial, o casal mantinha o jovem em cárcere privado em um banheiro da residência adaptado para funcionar como quarto, tendo sido amordaçado e submetido a castigos físicos e mentais com emprego de violência. Antes da chegada da perícia à residência, os réus teriam alterado a cena do crime, na tentativa de esconder a autoria do delito.
Mãe e padrasto do jovem autista encontrado morto viram réus; diz policiaO padrasto do menino foi condenado a 23 anos e 4 meses de reclusão pelos crimes de tortura, cárcere privado, fraude processual e homicídio qualificado (por uso de meio cruel e de recurso que impossibilitou a defesa da vítima), uma vez que ficou demonstrado que ele que estava com o jovem no momento de sua morte. Já a mãe da vítima foi condenada por cárcere privado e fraude processual, com pena fixada em três anos e dois meses de reclusão, com possibilidade de responder em liberdade.
A 10ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa, responsável pela denúncia e que atuou na sessão de julgamento, recorrerá da sentença na tentativa de aumentar as penas fixadas.
Assessoria de Comunicação