Uma mulher é morta a cada duas horas no país; diz estudo
Brasil é o 5º país em morte violentas de mulheres no mundo
O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH).
O país só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres. Em comparação com países desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais mulheres que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão ou Escócia.
O Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que o número de mulheres assassinadas aumentou no Brasil. Entre 2003 e 2013, passou de 3.937 casos para 4.762 mortes. Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país.
A Lei do Feminicídio foi criada em 2015 com base nos estudos da advogada criminalista Luiza Eluf: “A conduta é matar alguém, porém, se este alguém for mulher e, se essa mulher morrer devido às condições do sexo feminino no Brasil, ou seja, devido a subalternidade ou ao entendimento por parte do assassino, de que aquela mulher tem menos direito que ele e que aquela mulher lhe deve obediência total e ele tem o direito de vida ou morte sobre ela. Então, ele mata por esse motivo, ele estará cometendo um feminicídio”.
Segundo a advogada, a punição do feminicídio é maior do que a do homicídio porque o motivo do assassinato é torpe e a vítima é pega de surpresa, de emboscada, à traição: “ Tudo isso a nossa lei considera que torna o assassinato mais grave do que um homicídio que tenha sido praticado de outra forma e por um por outro motivo”.