Polícia Civil cumpriu quatro mandados de busca e apreensão em Nova Maringá após denúncia da família da mulher de 21 anos.
A Polícia Civil do Mato Grosso cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nas residências de suspeitos de divulgarem um vídeo que mostra a noiva de um fiel, de 21 anos, com o padre Luciano Braga Simplício na casa paroquial da igreja.
A operação ocorreu na manhã desta quinta-feira (16/5) em Nova Maringá, após a família da jovem registrar um boletim de ocorrência.As autoridades foram até a casa dos suspeitos em busca de dispositivos eletrônicos que possam conter outros registros da vítima, como celulares, computadores, cartões de memória, pen drives, e outras mídias.
A investigação apura diversos crimes, incluindo constrangimento ilegal qualificado, dano qualificado, invasão de domicílio qualificada, exposição de intimidade e dano psicológico.
O vídeo foi divulgado na segunda-feira (13/5) e rapidamente se espalhou pela cidade, que tem pouco mais de 5 mil habitantes, e viralizou na internet. As imagens mostram o momento em que pessoas ligadas ao noivo da jovem arrombam as portas do quarto e do banheiro da casa paroquial, após o padre se recusar a abri-las, na tentativa de flagrar o pároco com a mulher.
A gravação registra a jovem se escondendo embaixo da pia do banheiro. Ela é noiva de um fiel da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, onde o padre Luciano Braga Simplício atua.
A Polícia Civil classificou a ocorrência como "caso atípico" no boletim de ocorrência. As investigações prosseguem para identificar a participação de cada envolvido no vazamento do vídeo.
Por se tratar de um crime que depende da denúncia da vítima, a Polícia Civil não divulgou mais detalhes. A família da noiva, quando contatada, preferiu não se manifestar sobre o ocorrido.
Em um áudio que circula nas redes sociais, o padre Luciano nega qualquer envolvimento com a mulher. Segundo ele, a jovem apenas pediu permissão para usar o quarto e tomar banho. O religioso não respondeu às tentativas de contato para comentar o caso.
As ordens judiciais desta operação foram expedidas pela Justiça com base em investigações do inquérito policial instaurado na Delegacia de São José do Rio Claro e foram cumpridas com apoio da equipe da Delegacia de Tapurah.