Polícia esclarece morte de PM após a prisão de esposa e amante
A Polícia Civil, através da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Curitiba, esclareceu na última sexta-feira (28), a morte do policial militar, Marcos Rodrigues Ferreira, 40 anos, morto dentro de casa, no dia 26/07, após a prisão de duas pessoas suspeitas do crime.
A esposa da vítima, Karla Fernanda Menezes Ferreira, 33 anos e seu amante, Fernando Lemes, 18 anos, foram presos suspeitos de arquitetar a morte do policial. O caso que estava sendo investigado como um possível latrocínio, teve uma reviravolta após o esclarecimento dos fatos.
Segundo as investigações, Karla, auxiliar de enfermagem e Lemes, soldado do exército, mantinham um relacionamento extra conjugal há cerca de oito meses. E para ficarem juntos, resolveram planejar a morte do PM.
A esposa foi presa no Centro da capital, e o amante na casa da avó, no município de Campina Grande do Sul, Região Metropolitana da Curitiba (RMC), ambos por meio de mandados de prisão temporária, válida por 30 dias. Lemos ainda foi preso em flagrante por pose ilegal de arma de fogo. Três celulares (da vítima e dos envolvidos) e uma pistola ponto 40 foram apreendidos. A pistola, segundo as investigações era uma arma particular do policial.
O crime aconteceu na noite de quarta-feira (26), por volta das 20h45, na residência da vítima situada no bairro Campo do Santana, um quando um homem armado teria invadido a casa e assassinado o policial com um tiro no ombro que transfixou o pulmão. Logo em seguida o suspeito teria levado a quantia de R$ 400 em dinheiro e o carro da vítima, um Prisma prata.
Inicialmente, o crime foi tratado pela Polícia Civil com um possível latrocínio e estava sendo apurado pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) da capital. No entanto, as diligências levantaram outras linhas de investigação e a DHPP acabou assumindo o caso.
A suspeita de uma possível execução foi confirmada durante algumas diligências externas realizadas pela DHPP. “Ouvimos algumas pessoas e chegamos até a receber denúncias anônimas informando que Karla estaria envolvida no crime. Mas o que nos chamou a atenção também, foi a frieza com que suspeita se portava diante da morte do marido”, conta a delegada responsável pelo caso, Aline Manzato.
Na sexta-feira (28), Karla foi intimada a comparecer na delegacia para contar sua versão dos fatos, ao ser questionada sobre sua eventual participação na morte do marido, a suspeita acabou confessando o crime contando o fato com riqueza de detalhes.
Karla disse à polícia que havia planejado o crime com seu amante dias antes ao fato. Aproveitando que o policial estava no banho, a suspeita ligou para Lemes e entregou a ele uma pistola ponto 40 do marido – arma que não é da corporação e sim de sua propriedade.
Em interrogatório, Karla disse que foi até o quarto do casal, pois não queria ver o marido ser morto. O policial foi assassinado pelo suspeito no momento em que havia saído do banho e estava entrando no quarto do casal. As investigações apuraram também que Karla começou a gritar pedindo socorro somente depois que o carro da família foi levado pelo suspeito.
A arma foi apreendida, na residência do pai, em Campina Grande do Sul, uma pistola ponto 40, supostamente a arma utilizada no crime, que será periciada. Ambos foram autuados pelo crime de homicídio qualificado e permanecem presos à disposição da Justiça. Lemos ainda foi autuado por posse de arma de fogo de uso restrito.