SAMU/Escola realiza simulado de acidente em escola municipal
Ação foi na Escola Municipal Deputado Mário Braga Ramos, no Parque dos Pinheiros. Crianças receberam orientações sobre como e quando acionar o SAMU.
A cena, mesmo sendo preparada em frente aos olhos dos alunos, não deixou de chocar pelo realismo. Duas crianças atropeladas sobre a faixa elevada, por uma motorista “distraída”. Poderia ser uma tragédia, mas foi mais uma ação do programa Samu/Escola, realizado em parceria entre as secretarias municipais de Educação e Saúde. Desta vez a simulação de acidente foi na Escola Municipal Deputado Mário Braga Ramos, no Parque dos Pinheiros.
Além de aprender como agir em caso de acidentes, as crianças receberam orientações contra o trote e noções de segurança no trânsito, entre outras. Nilce Hartmann Moreira, acadêmica de Enfermagem do Cescage, foi a encarregada do papel de “vilã”. Ela dirigia o carro usado para simular a situação de atropelamento. “A sensação é terrível, porque é uma criança, um acidente causado por uma desatenção. Para que isso não aconteça, devemos estar sempre atentos à sinalização, à faixa elevada, onde a prioridade é total do pedestre. É preciso prestar muita atenção, principalmente na entrada e saída das escolas”, avisa a motorista.
A jornalista Marrara Laurindo, repórter da Rede Massa, presenciou o simulado. “A gente, que está acostumada a ver essas coisas acontecendo de verdade, percebe que é tudo muito real. No caso das crianças, a gente percebe que elas ficam assustadas, mesmo sabendo que é brincadeira, vendo ali o carro batido, as crianças no chão. E é bom mesmo que haja esse impacto, pois é assim que eles vão vendo que é algo sério”, narra ela, que acredita ainda que os alunos levarão os ensinamentos para casa. “Muitas vezes, os pais são motoristas e eles levam isso para casa. A criança vê o perigo e começa a se cuidar melhor. A gente vê muitas situações reais e, de fato, é uma questão de consciência. Muitas vezes é o motorista que faz alguma besteira, ou a criança passa no local errado, então é somente a conscientização que pode ajudar a evitar esse tipo de situação”, acredita a jornalista.
Silmara Martins, uma das coordenadoras do programa Saúde na Escola, da SME, conta que o programa realiza diversas atividades, entre elas o projeto Samu/Escola. “No projeto, trabalhamos especialmente com os alunos do quarto ano, com uma cartilha que fala sobre os primeiros atendimentos. Os profissionais das escolas recebem informações sobre os primeiros socorros e temos relatos de atendimentos que ocorreram graças a esta formação. Esta parceria com a Secretaria de Saúde tem o objetivo de prevenir acidentes, além de reduzir o trote ao SAMU, evitando que eles percam tempo e deixem de atender pessoas que estão realmente precisando”, conta a coordenadora.
A diretora da Escola Municipal Mário Braga Ramos, Clóris Javorski Lopes, acredita que o trabalho pode evitar situações que coloquem em risco a vida das crianças. “A palavra prevenção vem em primeiro lugar, para que as crianças evitem acidentes”, conta a professora. Ela indica também os cuidados necessários aos motoristas nas regiões onde há escolas. “É preciso respeitar a travessia elevada, pois as crianças são imprevisíveis, por mais que se façam trabalhos de orientação. Elas ainda têm atitudes que não se espera, por isso pode ocorrer um acidente. Então, o motorista e a comunidade devem estar atentos para prevenir possíveis acidentes”, orienta.
Rosangela Ribeiro, coordenadora do projeto por parte do SAMU, conta que os resultados das ações estão aparecendo. “São resultados muito positivos. Temos notado que o número de trotes tem sido reduzido em nossa central de regulação. E quando as escolas precisam ligar para pedir algum atendimento, os profissionais já passam com mais informações, com mais tranquilidade, porque eles possuem mais segurança”, conta.