Menina é a primeira bebê a nascer na maternidade do Hospital da Criança
Às 10h46 de uma quinta-feira chuvosa, 20 de agosto, um choro de recém-nascido foi ouvido pela primeira vez no Centro Obstétrico do Hospital Universitário Materno-Infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Humai-UEPG). A pequena Allice veio ao mundo com 49 cm e 2,81 kg, por cesárea, após 39 semanas e 4 dias de gestação. Foi o primeiro parto realizado após a transferência da Maternidade do Hospital Universitário da UEPG para as instalações do Hospital da Criança.
Allice é a primeira filha da Caroline Aparecida Pereira, que tem 18 anos. “Vai ser uma comemoração em dobro: quando ela fizer 1 aninho, vamos lembrar que a maternidade também faz aniversário. Para mim, é um orgulho saber que esse dia vai ficar marcado na história dela e do hospital”, comemora a mãe.
Somente na maternidade do HU, são realizados cerca de 240 procedimentos por mês, entre partos normais, partos cirúrgicos e outros atendimentos obstétricos. Durante o período de transição, que deve durar até o fim de semana, parte da equipe da Maternidade continua atendendo às puérperas que estão internadas no HU-UEPG.
Durante a quinta-feira, além de atender às pacientes gestantes, as equipes do Hospital Universitário terminavam a organização dos serviços materno-infantis. Para finalizar a mudança de mobiliário e equipamentos, o 13º Batalhão de Infantaria Blindada do Exército auxiliou com o transporte de materiais. O professor Everson Krum, que representa a UEPG no convênio que permitiu a transferência dos serviços materno-infantis, agradeceu às equipes que trabalharam para que este dia acontecesse. “Nossos agradecimentos ao Exército Brasileiro, General de Brigada Márcio, Tenente Souza, Cabo Woellner e soldados do Exército Brasileiro que auxiliaram na mudança da Maternidade do HU-UEPG para o Hospital Universitário Materno Infantil”, complementou.
Transferência
Com a transferência, o Hospital da Criança passa a ser um hospital materno-infantil. Nesta quinta-feira, estão ativos os setores que atendem às gestantes e puérperas do HU. As Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica, Clínica Cirúrgica Pediátrica e demais atendimentos de média e alta complexidade serão transferidos na sequência. A transferência não prejudica os serviços já prestados pelo HC, onde continua a funcionar o Pronto Atendimento Infantil (PAI).
O convênio de transferência, firmado entre a Universidade Estadual de Ponta Grossa, Prefeitura Municipal e Governo do Estado, deve possibilitar 26 novos leitos clínicos para tratamento de pacientes de Covid-19 no HU-UEPG. De acordo com o vice-reitor da UEPG, Everson Krum, a abertura desses novos leitos deve levar mais alguns dias, que são necessários para que as mães que ainda estão internadas tenham alta e a estrutura seja adaptada.
Melhorias e especialidades
Para viabilizar a transposição, foram realizadas melhorias na estrutura do Hospital da Criança, além da cessão de profissionais do HU para atuação nos setores materno-infantis. Dentre as especialidades que passam a trabalhar no HC, estão os médicos obstetras, pediatras, radiologistas e anestesiologistas, e também profissionais nas áreas de enfermagem, farmácia, nutrição, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, odontologia e serviço social.
Para o vice-reitor, que representa a UEPG no convênio com a prefeitura, as atividades de Obstetrícia e Pediatria do HU-UEPG no Hospital da Criança vão propiciar que um novo hospital materno-infantil, moderno e de qualidade, auxilie nos tratamentos de mulheres e crianças da região dos Campos Gerais. “Quem ganha é toda a população, que contará com um novo hospital que será referência para a saúde do Paraná”, comemora.
A diretora geral do HU, Luciane Cabral, destaca que a transferência dos serviços deve garantir a segurança das gestantes e crianças, além de ampliar a capacidade de atendimento à pandemia de Covid-19. “Fico feliz e grata às equipes administrativas, apoio e profissionais que tanto se dedicam aos pacientes e em especial neste momento de pandemia”, agradece a diretora. Segundo ela, a gestão dos serviços materno-infantis é um desafio encarado com motivação pelas equipes.