Bebê de oito meses se engasga com leite materno e é salva por policiais militares
Por Marcia Santos/
Manobra de Heimlich: guarde bem este nome. Graças a este procedimento, que exige muita calma e atenção de quem o realiza, uma criança, de apenas oito meses de idade, foi salva por policiais militares no Bairro alto, em Curitiba. Tudo aconteceu na última segunda-feira (19/02) rua José Veríssimo, por volta das 20h40.
Durante um patrulhamento de rotina, os soldados Everson Vernick da Silva e Robert Layo Pedroso perceberam uma aglomeração em frente à uma residência, onde pessoas acenavam constantemente para a viatura. “Sem pensar duas vezes, paramos e fomos informados de que uma menina de oito meses, há cerca de cinco minutos, havia se afogado enquanto era amamentada por sua mãe”, contou o soldado Vernik.
Logo em seguida o soldado pegou a criança nos braços, que já estava com uma coloração bem roxa e não esboçava qualquer tipo de reação. Por isso, com muita calma e precisão, enquanto o soldado Pedroso acionava o Siate, ele começou a realizar a manobra de Heimlich na criança, usada para induzir uma tosse artificial, um movimento que expulsa qualquer corpo estranho que esteja obstruindo as vias respiratórias da vítima. Mas o policial precisou de bastante calma para realizar o procedimento de forma eficaz: agora, a vida de uma criança, literalmente, estava em suas mãos.
Como o bebê demorava para reagir aparentando estar desacordado, a equipe decidiu que o melhor a se fazer naquela situação era deslocar ao hospital mais próximo o quanto antes. Por isso, antes mesmo da chegada dos socorristas, ainda nos braços do policial, e acompanhado da tia, o bebê foi posto na viatura, onde os procedimentos de reanimação continuaram a ser feitos, agora pelo soldado Pedroso, de forma constante e incansável.
No caminho para o hospital a criança acordou quando expeliu um líquido pela boca. “Nesse momento ela começou a chorar e voltou a respirar um pouco mais forte. Sua respiração, ainda assim, estava bastante frágil. Então ergui ela para que pegasse um pouco de ar: seu fôlego e batimentos cardíacos finalmente voltavam ao normal: naquele momento, um ar de alívio tomou conta do ambiente”, relatou o soldado Pedroso.
Mesmo acordada, a criança ainda sim foi levada ao hospital para ser medicada e ser observada pelos médicos. Lá, já acompanhada dos pais, a criança passou por diversos exames até ser liberada.
“Hoje, depois de termos passado por essa situação, vendo a minha filha brincando com os irmãos, feliz e com saúde é como se ela tivesse renascido. Eu só tenho a agradecer ao Soldado Vernik e ao Soldado Pedroso, pois eles foram anjos enviados de Deus para salvarem a minha filha”, falou Helena Cristina Soares de Sena, mãe da menina.