Após as negociações com os procuradores da operação Lava Jato, os advogados de defesa de
Marcelo Odebrecht optaram pela desistência de mais um pedido de liberdade, feito para o mesmo na Justiça. O objetivo de tal decisão seria manter em curso as negociações para que o empresário, preso e condenado a 19 anos de prisão, possa colaborar com as investigações através da delação premiada para desvendar um dos maiores
esquemas de corrupção existentes no país, em que sua empresa, a Odebrecht, aparece como uma das principais envolvidas.
Uma das maiores expectativas dos procuradores que integram a Lava Jato é a adesão de Marcelo Odebrecht ao recurso da delação premiada. Através desta, deverão ser revelados maiores detalhes a respeito do complexo esquema de corrupção mantido entre o governo petista e uma das maiores empreiteiras do país. De acordo com informações reveladas pela
Folha de São Paulo, nesta segunda-feira, dia 18, o depoimento do empresário poderá dar maiores detalhes a respeito do esquema que envolve nomes de peso da política brasileira, tanto do governo quanto de oposição. Além de nomes como do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), uma da revelações mais aguardadas seria a do ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Foto: Divulgação/ Estadão
Diante da desistência dos advogados de defesa do ex-presidente da Odebrecht em seu pedido de liberdade, as negociações para a delação deverão continuar o seu curso. A princípio, os procuradores da Lava Jato ficaram aborrecidos com a atitude dos defensores do empresário. Eles consideraram que a insistência em querer libertar o réu iria contra o 'clima' de cooperação que havia se instalado entre as partes. Para tal, foi imposta a seguinte condição: Caso o pedido de liberdade fosse mantido, não haveria mais condições de se manter as negociações para que o empresário pudesse optar pela via de colaborar com a justiça, contando tudo o que sabe.
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