Governo Trump sancionou em julho o ministro do STF com a mesma lei. Dispositivo foi criado para impor sanções econômicas a indivíduos acusados pela Casa Branca de violações graves contra os direitos humanos e é apelidado de 'pena de morte financeira'.
O governo dos Estados Unidos chamou nesta segunda-feira (22) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de "ator estrangeiro maligno" e fez referência ao famoso casal de criminosos Bonnie e Clyde ao justificar a aplicação de sanções à esposa de Moraes, Viviane Barci de Moraes. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que Viviane de Moraes é facilitadora e protetora de Moraes, que chamou de "ator estrangeiro maligno". "Aqueles que protegem e facilitam atores estrangeiros malignos como Moraes ameaçam os interesses dos EUA e também serão responsabilizados", declarou Marco Rubio. Já o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent afirmou que a ação foi tomada porque Viviane fornece uma "rede de apoio financeiro" ao marido, que já havia sido sancionado em julho. Em comunicado sobre a sanção à esposa de Moraes, afirmou que "não existe Clyde sem Bonnie" — em referência ao casal dos EUA Bonnie Parker e Clyde Barrow, que ganharam notoriedade por uma série de assaltos e assassinatos no início da década de 1930, que cometiam sempre juntos. "Essas sanções se baseiam em uma série de ações tomadas pelo governo Trump para responsabilizar Moraes por abuso de autoridade, criação de um complexo de censura, ataque flagrante a oponentes políticos e prática de graves violações de direitos humanos", afirmou. Sanção Com a sanção desta segunda, todos os eventuais bens de Viviane nos EUA estão bloqueados, assim como qualquer empresa que esteja ligada a ela. Também nesta segunda-feira, o governo Trump revogou os vistos americanos do advogado-geral da União, Jorge Messias, e de outras cinco autoridades do Judiciário brasileiro. "Alexandre de Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a perseguir indivíduos que fornecem apoio material a Moraes enquanto ele viola os direitos humanos", justificou. Leia mais no g1