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Gaeco apreende 40 mil na casa do Prefeito de Itaperuçu Neneu Artigas (PDT)

18 de agosto de 2016 - 18:14

O prefeito de Itaperuçu, na região metropolitana de Curitiba, Neneu Artigas (PDT), é investigado por favorecimentos ilícitos a empresários ligados a ele em processos licitatórios. Nesta quinta-feira (18), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, a Promotoria de Justiça de Rio Branco do Sul e a Polícia Militar cumpriram 16 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná. Na residência do prefeito, foram apreendidos R$ 40 mil em dinheiro.

A ação realizada nesta quinta é consequência da Operação Amicitates, que investiga favorecimentos ilícitos e dispensas indevidas de licitações, com consequentes desvios de recursos públicos. Foram cumpridos dez mandados em Itaperuçu, cinco em Rio Branco do Sul e um em Cerro Azul, resultando na apreensão de documentos, computadores e celulares.De acordo com o procurador de Justiça e coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, esse é um passo para obter mais provas diante dos indícios de irregularidades. “O prefeito, como gestor, é o primeiro e último responsável e há a indicação de ligação dele com essas empresas diretamente beneficiadas. Algumas empresas chegavam a participar de vários pregões, sem especialidade para aquilo”, explicou.

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Fonte Banda B Curitiba/ Imagem: Cesar de Mello

Os mandados foram cumpridos na residência de Artigas, no seu gabinete na prefeitura, em residências de empresários, em empresas e no escritório de um ex-procurador jurídico do município. Um dos empresários investigados foi preso por posse de arma de fogo sem registro, mas pagou fiança e foi liberado.

Em nota, a Prefeitura de Itaperuçu disse que não é parte no processo de busca e apreensão autorizado pelo Judiciário na manhã desta quinta-feira. Segundo a administração municipal, a operação se destina a investigar empresários da cidade que já tiveram contrato com o município em licitações de 2013 e 2014, sendo que a maioria dos contratos estaria sendo investigado por suspeita de irregularidades na publicação do Jornal Tribuna Oficial, que publicava os atos oficiais dos Municípios da região até o final de 2014.

“Foi deferida Busca e Apreensão apenas nas empresas, na residência do senhor Prefeito Neneu Artigas e no Gabinete do Prefeito. A Prefeitura considera o caso superado porque não faz mais publicação no Jornal Tribuna Oficial, sendo que atualmente todos os atos oficiais são publicados no Diário Oficial dos Municípios do Paraná, em www.ampr.org.br, o site oficial da Associação dos Municípios do Paraná. A Prefeitura sempre colaborou com as investigações, enviando toda a documentação requisitada pelo Ministério Público e órgãos do Poder Judiciário”, afirma a prefeitura.

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