Ex-ministro Paulo Bernardo é indiciado pela Polícia Federal por corrupção
A Polícia Federal indiciou o ex-ministro Paulo Bernardo, alvo da Operação Custo Brasil, desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, por corrupção passiva e por integrar organização criminosa. Segundo a PF, as investigações mostraram indícios de materialidade e autoria de Paulo Bernardo. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público na última sexta-feira (22).
O MPF poderá apresentar denúncia à Justiça Federal, reenviar o inquérito policial para a PF para a realização de novas diligências investigativas ou requerer o arquivamento da investigação à Justiça.
A Operação Custo Brasil foi deflagrada em 23 de junho para apurar o pagamento de propina a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG, relacionado a contratos de prestação de serviços de informática, entre os anos de 2010 e 2015.
Foram indiciadas ao todo 22 pessoas pelos seguintes crimes:
– integrar organização criminosa (18 pessoas indiciadas)
– corrupção ativa (8 pessoas indiciadas)
– corrupção passiva (3 pessoas indiciadas)
– tráfico de influência (5 pessoas indiciadas)
– lavagem de dinheiro (13 pessoas indiciadas).
Paulo Bernardo, que foi ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma Rousseff, é suspeito de integrar uma organização formada para fraudar um serviço de gestão de crédito consignado a funcionários públicos.
A advogada de Bernardo, Verônica Sterman, disse que não teve acesso aos documentos sobre o indiciamento, mas divulgou nota reiterando a inocência de seu cliente.
“O ex-ministro Paulo Bernardo reitera que não participou ou teve qualquer ingerência na celebração ou manutenção do acordo de cooperação técnica celebrado autonomamente entre a Secretaria de Recursos Humanos do MPOG e as associações de Bancos e Previdência (ABBC e SINAPP). Também reitera que não recebeu qualquer quantia da Consist, direta ou indiretamente”, diz a nota.
Preso no dia 23 de junho, Bernardo foi solto no dia 29, após uma determinação que partiu do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Ele prestou depoimento no último dia 19.
Com informações do G1
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