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Câmara deve votar para pesidencia quem é anti-impeachment, diz Dilma

13 de julho de 2016 - 14:11

A presidente afastada Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira (13) que a Câmara precisa eleger um presidente que não votou pela abertura do processo de impeachment para interromper o que chamou de controle do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sobre os deputados.

“Nós temos de interromper esse processo [de controle de Cunha]. Como? O primeiro passo, eu acredito, é isso que nós estamos vendo na Câmara de Deputados, que é uma grande quantidade de candidaturas e acho que dentro dessas candidaturas nós vamos votar em aqueles que não aprovaram o processo de impeachment”, afirmou Dilma em entrevista à rádio “Itatiaia”, de Minas Gerais.

Segundo ela, agora a Câmara tem “oportunidade de se reerguer” após a votação do impeachment. Sem nominar, citou parlamentares que mencionaram parentes como exemplos de combate à corrupção, ao votar a favor do processo, e esses parentes foram presos após a votação.

A eleição para presidente acontece nesta quarte e será para um “mandato-tampão”, motivada pela renúncia de Cunha à presidência da Casa na semana passada.

O PT tem acenado que deve apoiar o peemedebista Marcelo Castro (PI), ex-ministro da Saúde do governo Dilma, para a presidência da Casa. Castro votou contra o impeachment e é visto com desconfiança pelo Planalto.

Na entrevista, a presidente afastada ainda disse que pretende ir ao plenário do Senado para defender o seu retorno.

“Eu não fui à comissão [do Impeachment] justamente pelo fato de que a comissão é uma comissão, não tem o conjunto dos senadores. Eu preciso do voto do conjunto dos senadores, não de parte dos senadores”, afirmou.

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Redação Agora1
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