Policiais são presos por extorquir dinheiro de empresários em Curitiba
Delegado, escrivão e investigadores são presos por extorquir empresários do ramo de fogos de artifício
As Informações são da Gazeta do Povo
A Corregedoria da Polícia Civil do Paraná informa que, com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público do Paraná, cumpriu 23 mandados judiciais nesta terça-feira (8) – 10 de prisão e 13 de busca e apreensão, todos em Curitiba.
Um delegado de polícia, um escrivão e seis investigadores, todos lotados na Delegacia de Explosivos, Armas e Munições (DEAM), além de dois comerciantes de Curitiba do ramo de fogos de artifício, foram presos suspeitos de crimes de concussão (extorsão praticada por funcionário público) e associação criminosa. Segundo a Gazeta do Povo, o delegado preso é Vinícius Borges Martins, chefe da DEAM.
A Corregedoria recebeu denúncias de que nos meses de novembro e dezembro de 2015 os policiais civis teriam exigido dinheiro dos empresários que fornecem fogos de artifício nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para que não fizesse a apreensão das cargas. A Corregedoria investigou cinco casos de concussão – dois ocorridos em novembro de 2015 e três em dezembro do mesmo ano. Há ainda uma denúncia que os investigadores teriam exigido dinheiro do dono de uma oficina mecânica para não apreender um veículo com irregularidades.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa dos investigados e também na sede da DEAM. Os objetos apreendidos ainda estão sendo relacionados.
O delegado está detido na carceragem do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), os investigadores e o escrivão estão na cela da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e os comerciantes serão encaminhados para uma unidade prisional após depoimento na Corregedoria. Eles estão à disposição da Justiça.A prisão é temporária por cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período e convertida em preventiva.
Se condenados, a pena para cada crime praticado pode chegar a mais de 10 anos de prisão.
Paralelamente, além do inquérito policial, a Corregedoria da Polícia Civil vai instaurar um procedimento administrativo interno para apurar transgressões disciplinares, podendo resultar em demissão do servidor público.
Imagem: CBN Curitiba
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