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Deputados reclamam do valor do pedágio no Paraná; “mais praças de pedágio e tarifas mais caras”

13 de março de 2024 - 20:46
Créditos:Orlando Kissner/Alep

Divulgação de tarifas confirma pedágio com preços próximos da antiga concessão, afirma Deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD)

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) afirmou nesta terça-feira, 12, que a divulgação das novas tarifas de pedágio, que começarão a ser cobradas na próxima semana nos lotes 1 e 2, confirma a previsão de que os valores ficariam muito próximos daqueles praticados no final da antiga concessão, em novembro de 2021. “Os custos do pedágio continuarão em patamares elevados”, considerou.

“Os pedágios vieram dentro daquilo que a gente imaginava, com preços parecidos com os da antiga concessão, com poucas exceções”, avaliou Romanelli. Segundo ele, algumas tarifas divulgadas ficaram acima das projeções calculadas por sua assessoria técnica. “A ANTT deliberou por uma correção de 15,75% sobre o preço que foi à leilão, cuja referência era outubro de 2021”, apontou.

Uma das preocupações já manifestadas pelo parlamentar é o impacto do novo pedágio sobre o transporte. “A questão do transporte é complexa, porque onera a economia como um todo. O setor de cargas sofrerá um impacto significativo nesta nova concessão, pois agora não haverá aquele desconto automático para eixos comerciais, que chegava a 15%. Agora, vale a tarifa cheia para os caminhões”, explicou.

Romanelli exemplifica a situação ao comparar o pedágio anterior na descida da Serra do Mar, para um caminhão de seis eixos, e a nova tarifa que será cobrada. “Antes esse caminhão de seis eixos pagava R$ 117,00 e agora vai pagar R$ 135,60. São valores retirados de tabelas oficiais”, destacou. Ele também citou que em São Luiz do Purunã, um veículo de seis eixos pagava R$ 53,40 e passará para R$ 52,20, uma diferença a menor de 2,3%.

Segundo Romanelli, o patamar das tarifas reflete a modelagem que foi construída, que exige investimentos significativos na modernização dos principais trechos do sistema rodoviário paranaense. “Agora o Paraná tem um contrato de concessão mais moderno, com obrigações objetivas e muito mais controle sobre as concessionárias. A expectativa é que o contrato seja efetivamente executado”, disse.

O deputado também pontuou a condição ruim das rodovias e a decisão de início da cobrança do pedágio antes da recuperação completa dos trechos. “Sempre foi anunciado pelos órgãos envolvidos que antes do início da cobrança do pedágio haveria uma completa recuperação da via, inclusive com nova sinalização. Isso não vai acontecer e as melhorias devem ser feitas ao longo do ano”.

Deputado Requião Filho (PT) chama a atenção para os altos valores do novo modelo de pedágio no Paraná

O deputado Requião Filho (PT), líder da Oposição na Assembleia Legislativa, chamou a atenção, em seu discurso na sessão plenária desta terça-feira (12), para os altos valores do novo modelo de pedágio criado no Governo Bolsonaro, com apoio do Governador Ratinho Júnior e assinado – sem questionamentos, pelo Governo Lula.

Com a autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para iniciar a cobrança da tarifa básica de pedágio nas praças de pedágio do lote 2 de concessão, vieram também os novos valores que serão pagos, inicialmente, daqui para frente. O trecho da BR 277 sentido litoral, por exemplo, contará com uma das cobranças custando R$ 22,60 para automóveis, caminhonetes e furgões, podendo chegar a R$ 135 para caminhões com reboque de oito eixos.

Em seu pronunciamento, Requião Filho lamentou a nova tabela anunciada e afirmou que esta será a nova realidade dos motoristas que cruzarão as rodovias paranaenses a partir deste ano, com mais praças de pedágio e tarifas mais caras.

“E é só o início! Não tem tarifa mais barata. Aconteceu exatamente o que nós havíamos alertado. Nem começou e já tem correção de preço em cima da tarifa. É uma cópia do pedágio antigo, sem garantia de obras e que vai gerar problemas para a economia paranaense. O Paraná, nas próximas três décadas, vai sofrer com esse pedágio e não foi por falta de aviso”, declarou

 

das assessorias

Redação Agora1
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