Ação conjunta das polícias Militar e Civil prende Gangue da Marcha a Ré
Uma ação conjunta entre as polícias Civil e Militar do Paraná desmantelou uma quadrilha que virou um tormento para comerciantes de Curitiba. Dezessete pessoas, entre elas seis adolescentes, foram conduzidos nesta quinta-feira (5), até a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) da capital, suspeitas de integrar a Gangue da Marcha a Ré.
Fotos: SESP
Eles foram localizados em três residências no bairro Parolin, em Curitiba. Durante a ação policial, centenas de roupas, calçados, acessórios e cabides levados das lojas assaltadas pelo bando foram apreendidos. Os policiais também encontraram nas residências alguns instrumentos, como martelo e marreta, utilizados na prática dos crimes.
Em uma das residências, a Polícia Militar encontrou seis pessoas e solicitou o apoio da DFR. A especializada possuía informações sobre outras duas casas suspeitas e, na sequência das diligências, mais 11 pessoas foram encontradas e encaminhadas até a delegacia.
Os seis adolescentes foram encaminhados para a Delegacia do Adolescente para as providências legais. Os demais acabaram presos em flagrante e responderão pelos crimes de associação criminosa, receptação, além de furto qualificado. Se condenados, a pena poderá chegar a 16 anos de prisão.
Ainda na madrugada de quinta-feira (5) a polícia atendeu duas ocorrências da gangue, uma no bairro Bigorrilho e outra no Bacacheri. Em ambas, os envolvidos utilizaram um veículo Clio preto, que havia sido roubado.
De acordo com a polícia, cerca de 15 boletins de ocorrências foram registrados na Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba somente este ano sobre a ação dos criminosos.
“Desde o ano passado já vínhamos colhendo depoimentos, imagens, retratos falados. Essa diligência iniciou-se com a informação de que populares estariam usando roupas que teriam sido fruto desses furtos qualificados. A Polícia Militar encontrou alguns indivíduos e parte do material. Levou essa informação para a Polícia Civil, que somou novos locais e novos suspeitos, levando à condução desses 17 indivíduos e na apreensão de parte da carga roubada. A essa quadrilha provavelmente serão imputadas outras ações, com a análise de imagens que temos desde 2015”, disse o secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária, Wagner Mesquita.
Questionado, Mesquita ressaltou o crescimento no registro de crimes patrimoniais no Estado e a importância da população na comunicação desses delitos. “De fato houve um aumento não só no Estado do Paraná, mas em todo o País, que tem demandado um esforço maior das nossas polícias em dar uma resposta tanto no policiamento preventivo e ostensivo na rua, quanto nas equipes de investigação também, notadamente Delegacia de Furtos e Roubos. É de extrema importância que a população também registre toda e qualquer ocorrência, porque somente assim a gente vai ter dados estatísticos e vamos poder atuar também na receptação, como no caso hoje”, acrescentou o secretário.
Segundo o delegado responsável pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) de Curitiba, Matheus Laiola, a especializada atendeu diversas ocorrências envolvendo esta quadrilha. “As investigações continuam a fim de prender outras pessoas envolvidas com esse tipo de crime”, acrescentou o delegado.
Para o subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Arildo Luiz Dias, a integração entre as polícias tem como objetivo combater os crimes contra o patrimônio. “Todas as ocorrências acionadas através do telefone 190 são repassadas para as delegacias especializadas, principalmente para a Furtos e Roubo e a Furtos e Roubos de Cargas, para que as atividades de polícia investigativa e ostensiva atuem de forma integrada e coordenada”, explicou.
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