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SAÚDE; Estudo revela que disfunção erétil afeta 53% dos homens

22 de agosto de 2019 - 20:25
Imagem e informações da assessoria

Bernardo Sobreiro, urologista e professor de Urologia da UEPG, destaca importância do estudo

Estudo inédito realizado com 450 homens em Ponta Grossa, entre os anos de 2016 e 2018, apontou que 53% dos entrevistados, com 50 anos ou mais, apresentaram queixas relacionadas à disfunção erétil

 Um estudo inédito realizado com 430 homens em Ponta Grossa, entre os anos de 2016 e 2018, apontou que 53% dos entrevistados, com 50 anos ou mais, apresentaram queixas relacionadas à disfunção erétil. A pesquisa foi realizada pelos acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa Rodrigo Staichak e Melina Chaves (UEPG) sob a supervisão do médico urologista Bernando Sobreiro, professor de Urologia da UEPG e Universidade Positivo.

Os homens foram entrevistados na clínica Union, de Urologia e Andrologia, e responderam um formulário padrão aplicado pelos acadêmicos. As questões foram divididas em três partes e envolveram perguntas relacionadas à idade; estado civil; religião, além de perguntas ligadas à saúde como questões físicas e saúde sexual.

A pesquisa revelou que parte dos entrevistados são diabéticos e hipertensos. Fatores que são prejudiciais à saúde e aumentam as chances da disfunção erétil.

“A disfunção erétil vai surgir com a idade mais avançada, no entanto, o que percebemos é que homens com 50 anos já estão apresentando esta condição devido às outras doenças. A diabetes aumenta em até três vezes as chances do homem desenvolver a disfunção erétil, assim como aqueles que são hipertensos têm duas vezes mais chances de ter o problema”, explica o urologista Bernardo Sobreiro.

O tabagismo, de acordo com o especialista, também é um fator bastante preocupante. “O tabagismo aumenta o risco de disfunção erétil em três vezes. O estudo mostrou que 23% dos homens entrevistados fumam há mais de 10 anos; 32% de 11 a 20 anos e 23% há mais de 40 anos”, lembrou.

Com relação ao Índice de Massa Corporal (IMC), apenas 32% dos homens estão com peso ideal. “Os outros 70% estão com sobrepeso ou acima do peso. Já 35% estão com risco alto de complicações metabólicas de acordo com a circunferência abdominal. O homem quando envelhece perde a massa muscular e a circunferência abdominal aumenta. Isso pode estar associado a processos inflamatórios, diabetes e uma série de problemas. A obesidade, portanto, anda de mãos dadas com estas outras doenças”, explica.

Fator de risco

Sobreiro explica que a disfunção erétil é somente o início de um problema que pode tornar-se ainda mais grave com o tempo. “Quando o paciente sofre de disfunção erétil mas, ao mesmo tempo, é hipertenso; dislipidêmico (gordura no sangue); diabético; tabagista e sedentário acaba sofrendo um processo de envelhecimento arterial contínuo. Por isso, não deve tratar somente a impotência sexual, pois, mais à frente, poderá sofrer um infarto”, alerta.

O tratamento da disfunção erétil é especificamente com medicamentos eficazes, mas também está associado aos cuidados com a saúde. “O maior investimento está no tratamento da hipertensão, da diabetes, em parar de fumar e cuidar da alimentação, coisas muito importantes”, destaca o urologista.

Inédito

Esta é a primeira pesquisa sobre Saúde do Homem realizada no Paraná. O estudo será apresentado durante o XXXVII Congresso Brasileiro de Urologia, que será realizado entre os dias 24 a 27 de agosto, em Curitiba. “É um estudo bastante importante para o Paraná e a nível Brasil também. Estudos sobre a saúde dos homens são bastante raros e levantando estes dados vamos podemos mostrar para os homens os principais fatores de risco e os cuidados com a saúde”, finalizou Sobreiro.

Redação Agora1
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