Americano diz que pode parar de comprar de óleo de cozinha chinês
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta terça-feira que está considerando encerrar alguns laços comerciais com a China, inclusive em relação ao óleo de cozinha.
"Acredito que o fato de a China propositalmente não comprar nossa soja e causar dificuldades para nossos produtores de soja é um ato economicamente hostil", afirmou.
"Estamos considerando encerrar os negócios com a China relacionados ao óleo de cozinha e outros elementos do comércio, como retribuição", escreveu Trump nas mídias sociais.
"Como exemplo, podemos facilmente produzir óleo de cozinha nós mesmos, não precisamos comprá-lo da China", acrescentou.
Aumento das tensões
As falas de Trump reforçam a escalada das tensões entre Estados Unidos e China, vista nos últimos dias.
No domingo (12), a China acusou os Estados Unidos de terem "dois pesos e duas medidas" pela imposição de taxas sobre mercadorias chinesas importadas.
Na sexta-feira (10), Trump criticou uma iniciativa chinesa de restringir a exportação de elementos ligados às terras raras. Em seguida, anunciou a imposição de uma tarifa de 100% sobre produtos importados da China a partir de 1º de novembro.
Também no domingo, o Ministério do Comércio da China defendeu a legitimidade das novas restrições impostas à exportação de terras raras, assegurando que o impacto nas cadeias de abastecimento vai ser "muito limitado".
As medidas são "uma ação legítima do governo chinês para afinar o sistema de controle das exportações em conformidade com as leis e os regulamentos", afirmou um porta-voz do Ministério do Comércio em comunicado.
Pequim argumentou que as restrições têm como objetivo impedir que as terras raras e respectivos produtos de transformação sejam utilizados para produzir artigos militares ou de defesa, a fim de "defender a paz mundial, a estabilidade regional e cumprir as suas obrigações internacionais em matéria de não proliferação".