5 de Novembro de 2025 às 18:58

Lula tem a participação confirmada na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE) no domingo (9). O chefe de Estado brasileiro já havia antecipado, em entrevista a agências internacionais na terça-feira (4), a intenção de abordar a escalada das investidas da administração americana contra o regime de Nicolás Maduro.
Na ocasião, o presidente Lula relembrou um diálogo anterior com o Chefe de Estado americano, no qual teria sublinhado a condição da América Latina como uma zona de paz. "Tive a oportunidade de conversar com [o Chefe de Estado americano] sobre esse assunto, dizendo para ele que a América Latina é uma zona de paz. Aqui não proliferaram armas nucleares. No caso do Brasil, é constitucional e eu tenho orgulho de ser constituinte e ter votado para que não houvesse proliferação de armas atômicas e nucleares aqui no Brasil", declarou o presidente. A menção ressalta o compromisso constitucional do Brasil com a não-proliferação, um ponto central na defesa da estabilidade regional.
O contexto do apoio brasileiro é marcado pela crescente tensão entre Washington e Caracas. Os dois governos têm trocado acusações após a intensificação das operações militares navais dos Estados Unidos no mar do Caribe.
Os americanos justificam o aumento do efetivo e as ações militares como parte do combate ao narcotráfico na região. O governo dos EUA chegou a manifestar publicamente que o regime de Maduro estaria com "os dias contados" e não descartou a possibilidade de intervenções militares terrestres.
Em resposta, o governo venezuelano de Maduro acusa os Estados Unidos de agirem para desestabilizar o país, alegando inclusive o envolvimento da CIA, a agência de inteligência norte-americana. Caracas afirma que o governo americano estaria "fabricando" uma justificativa para iniciar um novo conflito.
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