Hackers acusados de ataques cibernéticos a órgãos públicos são alvos da PF
Ação que ocorre no Rio Grande do Sul e no Ceará visa recolher elementos que esclareçam as circunstâncias da invasão de sistemas públicos de informática
Brasília/DF – A Polícia Federal deflagrou, hoje (26/06), a operação Capture the flag com o objetivo de combater organização criminosa hacker, especializada na invasão de sistemas informatizados de órgãos públicos, para fins de exposição indevida de dados privados de servidores e autoridades públicas.
A operação, deflagrada nos Estados do Rio Grande do Sul e Ceará, conta com a participação de 20 policiais federais, que dão cumprimento a três mandados judiciais de busca e apreensão.
De acordo com o Inquérito Policial, integrantes do grupo hacker investigado obtiveram e expuseram de forma ilícita dados pessoais de mais de 200 mil servidores e autoridades públicas, com o objetivo de intimidar e constranger tanto as instituições quanto as vítimas que tiveram seus dados e intimidade expostos.
Segundo a apuração, a organização teria invadido sistemas de universidades federais, prefeituras e câmaras de vereadores municipais nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, de um governo estadual e diversos outros órgãos públicos. Somente no Rio Grande do Sul, foram mais de 90 instituições invadidas pelos hackers.
Há indícios, ainda, da prática de outros crimes cibernéticos por parte da organização criminosa, como compras fraudulentas pela internet e fraudes bancárias.
A investigação se concentra na apuração dos crimes de invasão de dispositivo informático, corrupção de menores, estelionato e organização criminosa.
O nome da Operação – Capture the flag – se dá em razão de competição na área de pentest (testes de invasão) onde os participantes precisam encontrar vulnerabilidades em sistemas e redes de comunicação. As vulnerabilidades são as “bandeiras” que os participantes precisam capturar.
Comunicação Social da Polícia Federal no Rio Grande do Sul