Mãe que enterrou filho de 6 meses é presa, pai já estava preso
Pai e mãe, ambos de 26 anos, suspeitos de matar o próprio filho, Heitor Filipe de Souza Kuiava, de seis meses, foram identificados pelo Serviço de Investigações de Crianças Desaparecidas (Sicride), nesta quinta-feira (26/10). A dupla foi localizada no município de Almirante Tamandaré, Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O Sicride iniciou as investigações depois que o Ministério Público (MP) de Rio Branco do Sul, entrou em contato com a especializada solicitando investigações sobre o possível desaparecimento da criança Heitor. Os pais do bebê chegaram a ir até a Delegacia de Almirante Tamandaré para registrar um Boletim de Ocorrência (BO), informando que o bebê havia sido roubado, porém, a mãe da criança acabou passando mal e posteriormente não deu andamento ao BO.
Ao dar inicio as diligências, a equipe policial encaminhou a mãe do bebê até a delegacia para prestar esclarecimentos, ela acabou contando sua versão à polícia. Conforme relatos da suspeita ao Sicride, o crime teria ocorrido no final do mês de agosto, na cidade de Itaperuçu. “Os suspeitos estavam dando banho na criança e perceberam que ela se afogou. A mãe relata que o bebê chegou a acordar e que nesse momento o colocaram para dormir. Horas depois eles perceberam que Heitor já estava morto”, conta a delegada-titular do Sicride, Iara Dechiche.
Questionada sobre o porquê os pais não pediram ajuda, a suspeita disse que o marido (pai de Heitor), possuía um mandado de prisão em aberto e que temia que ele fosse preso. Logo depois de cometer o crime, os pais se mudaram para o município de Almirante Tamandaré, causando estranheza por parte dos moradores de Itaperuçu que suspeitaram dos pais, já que perceberam a ausência da criança.
Após receber as informações por parte da mãe da criança, os policiais do Sicride seguiram diligências até a casa do casal, em Almirante Tamandaré, e cumpriram o mandado de prisão por roubo contra o suspeito. O casal responderá pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. As investigações seguem sob a coordenação da Delegacia de Rio Branco do Sul que dará continuidade ao caso. Enquanto prestava esclarecimentos sobre o crime, o mandado de prisão temporária foi expedido pelo Fórum de Rio Branco do Sul, por homicídio e ocultação de cadáver. A mãe foi detida ainda na delegacia.