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Homem usava fotos íntimas para chantagear adolescente no Paraná

6 de dezembro de 2018 - 06:20

A Polícia Civil, por meio do Núcleo de Combate a Cibercrimes (Nuciber), cumpriu nesta terça-feira (04/12) um mandado de prisão contra um homem de 26 anos no bairro Tatuquara, em Curitiba. Ele é suspeito de chantagear e ameaçar virtualmente uma adolescente de 16 anos.

A investigação teve início em março deste ano, após o registro de Boletim de Ocorrência pela mãe da vítima. “Na ocasião, a vítima esclareceu que há cerca de dois anos produziu uma foto, despida, que já havia até esquecido. Essa mesma foto, ainda não se sabe como, acabou chegando nas mãos do suspeito, que passou a utilizá-la como ferramenta de chantagem contra a vítima”, falou o delegado responsável pelo caso, Demétrius Gonzaga de Oliveira.

Diante da negativa da menor em comparecer a encontros com o suspeito, ele persistiu em continuar os contatos através de aplicativos de celular utilizando-se de um perfil – “gabysabotta”, e, após realizar forte pressão psicológica – mediante ameaças virtuais – conseguiu mais de uma centena de imagens da vítima, que era coagida virtualmente a se auto lesionar.

A cada material coletado, as exigências e ameaças aumentavam para que a vítima produzisse mais material. Caso não produzisse, o investigado ameaçava divulgar as imagens que já possuía.

De acordo com a polícia, o mesmo indivíduo já foi investigado pelo Nuciber em outro inquérito, pelos mesmos crimes, tendo inclusive sido denunciado pelo Ministério Público.

O rapaz será indiciado pelos crimes de estupro com pena de 6 a 10 anos e adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente com pena de 1 a 4 anos de reclusão.

A prisão temporária, de 30 dias, foi cumprida no local de trabalho do investigado, sendo que também foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência do mesmo. As equipes apreenderam celulares, pendrives, tablet e um cartão de memória.

O delegado alerta que condutas dessa natureza têm sido registradas reiteradamente nos últimos anos, causando lesões e traumas nas vítimas e seus familiares que, não raras vezes, só tomam conhecimento dos fatos muito depois do ocorrido.

Redação Agora1
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