Gaeco investiga diretor de cadeia em Arapoti suspeito de aproveitar pandemia para criar esquema criminoso
O núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, cumpriu nesta quinta-feira, 25 de junho, cinco mandados de busca e apreensão em Arapoti (nos Campos Gerais), Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba) e Taguaí (interior de São Paulo). As investigações, a cargo da Promotoria de Justiça de Arapoti e do Gaeco de Ponta Grossa, dizem respeito a possíveis crimes de concussão e associação criminosa relacionados à cadeia pública de Arapoti.
Conforme apurou o MPPR, o diretor do estabelecimento penal, aproveitando-se do momento de pandemia de Covid-19, que gerou severas restrições às visitas aos presos e ao acesso a itens de higiene e alimentos fornecidos por familiares, teria criado um esquema destinado a obrigar os familiares e o próprio Conselho da Comunidade a adquirir esses bens de uma única empresa, da qual o próprio diretor da cadeia é sócio.
Os mandados, expedidos pela Vara Criminal de Arapoti, foram cumpridos nas residências do diretor da cadeia, no escritório de contabilidade de sua companheira, na sede da empresa de sua propriedade e na residência de outra agente de cadeia possivelmente envolvida no esquema criminoso.