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AGORA – “Operação Ressurreição” cumpre mandados contra fraude em DPVAT e rodízio de funerárias

26 de abril de 2016 - 08:26

 

Uma quadrilha suspeita de aplicar golpes para obter o seguro DPVAT e para driblar o rodízio de empresas funerárias em Curitiba é alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná. Desde as 6h desta terça-feira (26), cerca de 60 policiais estão nas ruas para cumprir 29 mandados expedidos pela Justiça.

A Operação Cidadania, deflagrada pela Polícia Civil do Paraná nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (25) prendeu, até o começo da tarde 138 suspeitos, a maioria traficantes. Sete adolescentes foram apreendidos. A operação de combate ao tráfico de drogas envolve 800 policiais civis e abrange 20 cidades. Policiais civis e militares continuam nas ruas para cumprir novos mandados de prisão.  Curitiba, 25/11/2015. Foto: Osvaldo Ribeiro/SESP


Foto: Divulgação/SESP

A “Operação Ressurreição”, deflagrada pelo Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), acontece em Curitiba, quatro municípios da Região Metropolitana e em Ponta Grossa. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária, 14 de busca e apreensão e três de condução coercitiva. Entre os alvos está um médico da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), empresários, funcionários públicos do Instituto Médico Legal (IML) e agentes funerários, entre outros.

Integrantes da organização criminosa se passavam por funcionários do IML, da Polícia e até do Exército para enganar familiares dos mortos com o objetivo de obter o seguro DPVAT. “A quadrilha arquitetou um plano para aliciar os familiares das pessoas mortas, obtendo delas procurações para que entrassem com o seguro DPVAT – que pode chegar até R$ 13,5 mil. Uma pequena parte era repassada para a família enquanto que o restante ficava com os criminosos”, explicou o delegado do Nurce, Renato Basto Figueroa, que conduziu as investigações.

Os investigados passavam o dia e especialmente a madrugada atrás de corpos vítimas de acidentes de trânsito ou morte natural, sendo que para isso corrompiam os motoristas do IML, para que estes passassem informações privilegiadas e em tempo real dos óbitos. Para cada “corpo” indicado, os funcionários do IML recebiam R$ 700.

A quadrilha chegou a fraudar documentos do local de morte de algumas pessoas e até mesmo de produzir um atestado de óbito de uma pessoa que está viva – fato que ensejou o nome da operação. O Nurce investigava a quadrilha deste julho de 2015 depois que a direção do IML detectou irregularidades na liberação dos corpos de duas pessoas.

Participam da ação policiais do Nurce, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), da Delegacia de Crimes Contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcon), do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Corregedoria da Polícia Civil e da 13ª Subdivisão da Polícia Civil de Ponta Grossa.

Mais detalhes serão repassados pelo delegado do Nurce, Renato Basto Figueroa, durante entrevista coletiva que acontece às 10h30 no 1º Distrito Policial (Rua André de Barros, 671, Centro, Curitiba)

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Redação Agora1
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