A região de Ponta Grossa (Centro-Oriental) é uma das mais industrializadas do Paraná. A indústria responde por 28,3% dos empregos totais da região, considerando todo o setor industrial (extração, transformação, serviços industriais de utilidade pública e construção civil).

Os municípios que mais empregam são Ponta Grossa, Telêmaco Borba e Castro. Os principais setores industriais na região em termos de geração de emprego são: Celulose, Papel, e Produtos de Papel; Alimentos; Produtos de Madeira; Construção de Edifícios; e Obras de Infraestrutura. Com 31.360 empregos gerados, estes setores responderam por 62,5% dos empregos gerados pela indústria na região. Os dados são do IBGE referentes ao ano de 2018 e foram divulgados pela Fiep hoje (12/3), durante evento em Ponta Grossa. Região de Ponta Grossa é uma das mais industrializadas do Paraná. Indústria responde por 28,3% dos empregos totais na região.

O PIB da região evoluiu 69,4% de 2012 a 2017, passando de R$ 18,4 bilhões para R$ 31,2 bilhões em termos nominais.  A participação da região no PIB paranaense no período passou de 6,45% para 7,41%. Três municípios concentraram 67,4% do total do PIB, são eles: Ponta Grossa (46,5%), Telêmaco Borba (12,3%) e Castro (8,5%). O PIB per capita da região foi de R$ 41.553 no ano de 2017, valor 57,6% superior ao ano de 2012 (R$ 26.359). Neste item, o município de Ortigueira é o principal destaque da região, com PIB per capita de R$ 75.384 em 2017.

Considerando apenas o setor industrial, o PIB passou de RS$ 5,53 bilhões para R$ 9,97 bilhões de 2012 para 2017. “Em boa medida, esse crescimento foi resultado da realização de grandes investimentos na região, tanto de multinacionais quanto de indústrias locais, como DAF, Continental e Grupo Águia, entre outras”, destaca o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro.

De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério da Economia, a região Centro-Oriental, em 2018, foi responsável por 5,9% das empresas de todo o Paraná, com 18,2 mil estabelecimentos. O comércio foi o setor com o maior número de estabelecimentos, 6,6 mil empresas, 36,4% do total. Serviço e Agropecuária apresentaram participação de 33,5% e 15,6%, respectivamente. Todo o setor industrial respondeu por 14,3% do total de estabelecimentos.

População idosa cresce – A região concentrou 6,6% da população paranaense em 2020, totalizando 766,5 mil habitantes distribuídos em 14 municípios. A projeção de crescimento populacional do Ipardes estima que os habitantes da região chegarão a 810 mil no ano de 2040, crescendo 17,5% em relação ao censo de 2010. Uma mudança importante que nota-se na região é o aumento da idade média da população. Em 2010, os idosos era 46,8 mil, representando 6,8% dos habitantes. Para 2040, o IBGE projeta uma população de 125,8 mil idosos, com um aumento de 17,5% em relação ao censo de 2010. A população idosa será 15,5% do total.A região empregou 5,9% da mão de obra formal do Estado em 2018. “O nível de emprego vem reagindo, passando de 171,4 mil em 2016 para 177,5 mil em 2018, mas ainda não chegou ao nível de 2015, quando o número de empregados era de 181,6 mil, melhor desempenho dos últimos 10 anos”, observou Marcelo Alves, economista da Fiep, que apresentou o perfil econômico da região. Em 2018, Serviços foi o setor com o maior número de empregos formais na região, com participação de 30,1% e 53,4 mil postos de trabalho em 2018. Indústria e Comércio tiveram participação de 28,3% e 22,2% respectivamente. Os três setores responderam por 80,5% do total de empregos formais da região. Em relação ao número de estabelecimentos está havendo um recuo desde 2015. Naquele ano, era 18.792 empresas na região e em 2018 o número de estabelecimentos era de apenas 18.202.

“O aumento da população idosa é um dado importante para ser considerado, uma vez que esse cenário vai demandar uma mudança no comportamento de consumo com demanda por novos produtos, serviços e soluções. Além disso, a redução da população jovem pode impactar a disponibilidade de mão de obra para as indústrias, sendo, portanto, uma variável que precisa ser considerada tanto pelo poder público quanto pelo setor empresarial”, destaca Alves.