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PM lamenta morte de soldado que perseguia bandidos em Curitiba

28 de agosto de 2018 - 07:23

É com enorme tristeza que estamos convivendo com a notícia da morte do policial militar Sd. Felipe, 28 anos, o qual trabalhava nas motos Delta (4 Cia do 13º BPM).

O policial faleceu na data de hoje, 27 de agosto, por volta das 12h30min, durante deslocamento para atendimento de ocorrência de veículo roubado na Rua Eduardo Pinto da Rocha e rastreado logo na sequência na BR 476 próximos ao município de Fazenda Rio Grande. Durante o deslocamento para a ocorrência o policial militar, por algum motivo ainda em apuração, perdeu o controle de sua motocicleta e colidiu contra um poste nas margens da rodovia, vindo a óbito durante o atendimento do SIATE.

Durante sua carreira o Policial Militar sempre demonstrou comprometimento pelo serviço, cumprido seu dever com Honra e Responsabilidade, alcançando seu destaque no 13º BPM. Infelizmente nesta data a sociedade perde um excelente profissional e também um grande defensor, que nunca se curvou diante da criminalidade.

Neste momento de dor e de perca de um grande profissional, paremos para refletir sobre o sistema de repressão criminal brasileiro, o qual envolve vários órgãos públicos (Corporações Policiais, Ministério Público, Poder Judiciário e Sistema Carcerário) que fazem seus trabalhos cercados por uma legislação frágil e benevolente com o criminoso. A sensação que temos é que na guerra contra a criminalidade somente os policiais estão preocupados em vencer os criminosos, e cada vez mais estamos sozinhos nesta batalha, pois outros setores do governo parecem desistirem de fazer a sua parte.

Cito como exemplo o próprio caso de hoje, pois se os criminosos fossem presos, não demoraria muito tempo para retornarem as ruas e fazerem novas vítimas, e o poder judiciário e membros dos Direitos Humanos estariam, já na audiência de Custódia (no máximo em 48 horas), perguntando se os detidos estariam se sentindo bem ou se sofreram algum tratamento “desumano” durante a prisão.

Porém, hoje, diante da esposa, do irmão e dos pais do policial, quando fomos informar a triste notícia do seu falecimento, não vimos nenhum representante destes órgãos e tenho certeza que não virão depois. A nossa legislação também não irá mudar, continuará frágil.

Fica aqui então a reflexão e o desabafo, pois em um mundo onde os bons se calam, os ruins se prevalecem.

A sociedade de bem precisa se erguer e jamais se calar, não podemos ver pessoas de bem perdendo suas vidas para os chamados, erroneamente, de “vítimas da sociedade”, quando que na verdade é a sociedade a vítima dos criminosos.

Vá com Deus Sd. Felipe, que sua família encontre o conforto necessário para superar esta perda. Nós, policiais militares da 4 Cia, jamais o esqueceremos e teremos conosco sempre está lembrança de companheirismo e profissionalismo.

Saiba que você lutou o bom combate e quanto a nossa missão vamos continuar fazendo, fragilizados, mas nunca derrotados, porque sabemos que é isso o que deseja e é este o nosso dever.

Tenente Edvagner de Lima Gonçalves/ Cmt . da 4 Cia / 13º BPM

Redação Agora1
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