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Padre mais jovem do Brasil é ordenado Bispo em Ponta Grossa

22 de junho de 2018 - 08:01

A Igreja do Paraná recebeu, na quarta-feira, 25 de abril, a comunicação da Nunciatura Apostólica no Brasil de que o Papa Francisco nomeou o Padre Mário Spaki, Secretário Executivo do Regional Sul 2 da CNBB, para Bispo Diocesano de Paranavaí (PR).

A Diocese de Paranavaí ficou vacante desde a posse canônica de Dom Geremias Steinmetz na Arquidiocese de Londrina, em 12 de agosto de 2017. Padre Mário será o quinto Bispo da diocese. Sua ordenação episcopal está marcada para o dia 22 de junho, às 18h00, na Catedral Sant’Ana, de Ponta Grossa, sua diocese de origem. E a posse canônica na Catedral Maria, Mãe da Igreja, de Paranavaí, será dia 08 de julho, às 16h00, dia da celebração do Jubileu de Ouro da Diocese.

O presidente do Regional Sul 2, Dom Mauro Aparecido dos Santos, Arcebispo de Cascavel, escreveu: “Agradecemos o Mons. Mário Spaki pelos relevantes serviços prestados à CNBB Sul 2, como Secretário Executivo, nestes últimos sete anos. Parabéns. Deus te abençoe. Conte conosco”.

Biografia do Padre Mário Spaki

Mário Spaki nasceu em Irati (PR), aos 14 de dezembro de 1971. É o quinto filho do casal Izidoro e Therezinha Spaki (in memoriam). Foi batizado em 19 de dezembro de 1971.

Fez seus estudos primários na Escola Municipal do Cerro da Ponte Alta e no Colégio Municipal Olavo Anselmo Santini do Rio do Couro, ambos no interior de Irati, de 1979 a 1987. O Ensino Médio cursou no Colégio São Vicente de Paulo, em Irati, de 1988 a 1990.

Em 1987, durante as Missões Saletinas, sentiu o chamado de Deus, entrando para o Seminário Propedêutico Diocesano, no início de 1991. De 1992 a 1994 estudou filosofia no Instituto de Filosofia e Teologia Mater Ecclesiae (IFITEME), da Diocese de Ponta Grossa.

Em 1995 recebeu permissão de Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, Bispo Diocesano, para fazer um ano de espiritualidade, na Escola Sacerdotal Vinea Mea, de Loppiano, Florença – Itália.

Tendo tido ótimo aproveitamento no curso de espiritualidade, terminando aquele ano, foi convidado para prosseguir seus estudos em Roma e, obtendo autorização de Dom Murilo, cursou Teologia e Mestrado em Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, anos 1995 a 2001.

Em outubro de 2001 retornou ao Brasil e Dom João Braz de Aviz, Bispo de então da Diocese de Ponta Grossa, o enviou para a Paróquia São José da mesma cidade, a fim de ajudar o Pe. Agostinho Antônio Rutkoski. Ali permaneceu por dois anos e dois meses. Nesse período, ainda como seminarista, começou a lecionar disciplinas dogmáticas no IFITEME, permanecendo como professor por dez anos.

Em 02 de fevereiro de 2003 foi ordenado Diácono por Dom João Braz de Aviz e, em 03 de agosto de 2003, Presbítero, por Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger.

Dom Sérgio Arthur Braschi, que assumiu a Diocese de Ponta Grossa em agosto de 2003, o nomeou reitor do Seminário Diocesano São José, função que exerceu de 2004 a 2011. Nesse tempo, Padre Mário atuou na Pastoral da Diocese, coordenando por um quadriênio a prioridade diocesana dos Pequenos Grupos e, na sequência, um quadriênio coordenando a prioridade das Santas Missões Populares. Ainda nesse período desenvolveu a Ação Evangelizadora Nossa Igreja Mãe, em 2006, que, em poucos meses, envolveu a população da Diocese e arrecadou fundos para o término da Catedral Sant’Ana de Ponta Grossa. Naqueles anos fez três pós-graduações: Counseling, no Instituto de Aconselhamento e Terapia do Sentido de Ser (IATES), em Curitiba; Formação de Presbíteros Diocesanos no Instituto Santo Tomás de Aquino de Belo Horizonte e o curso Cultura e Meios de Comunicação no Serviço à Pastoral da Comunicação (SEPAC), em São Paulo.

De 2008 a 2011 foi Presidente da Comissão dos Presbíteros do Paraná e Secretário da Comissão Nacional dos Presbíteros.

Em setembro de 2011 foi eleito pelos Bispos do Paraná Secretário Executivo do Regional Sul 2 da CNBB, com sede em Curitiba, onde se encontra até o presente momento.

De 2012 a 2015 fez o curso de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Curitiba. Atualmente é diretor espiritual do Instituto Católico de Psicologia e Pesquisa (ICaPP), com sede em Curitiba.

Participou ativamente de todo o processo de abertura e desenvolvimento da Missão Beato Paulo VI da Guiné-Bissau, missão ad gentes da Igreja do Regional Sul 2. Além disso, protagonizou a Ação Evangelizadora Missão, Palavra e Pão que, em 2016, envolveu a Igreja do Paraná na arrecadação de recursos para a aquisição de 20 mil Bíblias para a África. Enfim, em 2017, teve a inspiração da Ação Evangelizadora Cada comunidade uma nova vocação, que se espalhou pelo Brasil.

Confira, abaixo, a saudação da CNBB ao novo membro do episcopado:

Saudação da CNBB ao P. Mario Spaki

Brasília, 25 de abril de 2018

Prezado P. Mario Spaki.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acolhe, com alegria, sua nomeação como bispo da Diocese de Paranavaí (PR), anunciada hoje, 25 de abril, pelo Papa Francisco. E renovamos nossa gratidão pelo apreço do Santo Padre manifestado na solicitude de enviar pastores para nossas Igrejas Particulares.

Observando seu itinerário de formação e de serviços prestados à Igreja no campo da pastoral, da formação do clero, da promoção da missionariedade na Igreja, do aconselhamento e da comunicação social encontramos um perfil de um bispo que muito vai poder oferecer na missão que lhe foi confiada.

Saudamos sua nomeação com as palavras que o Papa Francisco dirigiu aos membros da Congregação para os Bispos, em fevereiro de 2014, sobre o perfil episcopal: “’Ele confia os Pastores da Igreja à Palavra da graça que tem o poder de edificar e de conceder a herança’. Portanto, não donos da Palavra, mas entregues a ela, servos da Palavra. Só assim é possível edificar e obter a herança dos santos. A quantos se atormentam com a pergunta sobre a própria herança — ‘qual é a herança de um Bispo? O ouro ou a prata? — Paulo responde: a santidade. A Igreja permanece quando se dilata a santidade de Deus nos seus membros. Quando do íntimo do seu coração, que é a Santíssima Trindade, esta santidade brota e alcança todo o Corpo. Há necessidade de que a unção do alto escorra até à orla do manto. O Bispo nunca poderá renunciar ao anseio de que o óleo do Espírito de santidade chegue até à última orla da veste da sua Igreja”.

Renovamos o compromisso de união fraterna com o senhor e fazemos nossas preces para que seu trabalho seja fecundo.

Em Cristo,

Dom Leonardo Ulrich Steiner

Bispo Auxiliar de Brasília

Secretário-Geral da CNBB

Redação Agora1
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