Operação ‘Mão de Vaca’ prende três pessoas suspeitas de receptação de carne roubada
Cerca de 25 policiais da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) deflagraram na última semana a operação Mão de Vaca, que visou cumprir quatro mandados de prisão e 19 de busca e apreensão na região de Curitiba e Santa Catarina, contra sete comércios (quatro lojas e três açougues), suspeitos de receptação de carne roubada e lavagem de dinheiro.
Na operação foram apreendidas diversas máquinas de cartões dos estabelecimentos que comprovam a lavagem de dinheiro e para onde os valores arrecadados estavam sendo direcionados. Os computadores dos comércios e documentos que podem ajudar em novas diligências e a comprovação da organização criminosa, também foram apreendidos.
Um dos presos durante a operação tinha um Mandado de Prisão em aberto por pensão alimentícia e foi encaminhado ao Centro de Triagem, os outros dois foram presos preventivamente. A polícia trabalha agora para prender um quarto suspeito, que já é considerado foragido pela Justiça.
“Os envolvidos que também respondem pelo crime de estelionato na Delegacia de Estelionato, por utilizarem de má-fé, estavam negociando ilegalmente imóveis de alto valor para vários compradores com documentos falsos, além de utilizarem os comércios para a prática de lavagem de dinheiro”, disse, em entrevista, o delegado Ademair Braga, da Delegacia de Furtos e Roubos de Cargas (DFRC).
No mês de janeiro, a DFRC recebeu dois indivíduos presos em flagrante por roubo de uma carreta de carnes avaliada em mais de R$ 200 mil. Desde então a polícia iniciou as investigações, onde foram identificados outros integrantes da quadrilha especializada em roubar cargas refrigeradas e receptadores dos produtos ilícitos.
“Os criminosos tinham funções específicas, eles rodavam nas estradas da região entre Curitiba e Santa Catarina durante a noite a procura do melhor alvo e tinham quem roubava, quem dirigia o caminhão, a escolta da carga roubada os receptadores no PR e SC”, explicou o delegado
A Operação contou ainda com apoio da Vigilância Sanitária de Curitiba, que, após a ação, continuou as diligências em pelo menos três locais para averiguar as irregularidades das mercadorias.