Gaeco e Polícia Civil cumprem mandados contra organização criminosa suspeita da prática de tráfico e vários homicídios em Ponta Grossa e região
O Ministério Público do Paraná – por meio de núcleo de Ponta Grossa (nos Campos Gerais) do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – e a Polícia Civil, a partir da 13ª Subdivisão Policial, realizam nesta terça-feira, 28 de junho, a Operação Pax, que busca desarticular uma organização criminosa armada supostamente responsável por tráfico de drogas e armas e por diversos homicídios. A operação cumpre nove mandados de prisão (oito preventivos e um temporário) e buscas e apreensões em nove endereços, incluindo um em São Paulo. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª e pela 2ª Varas Criminais de Ponta Grossa.
A ação executa ainda um mandado de suspensão das funções contra um policial militar suspeito de auxiliar o grupo criminoso com o fornecimento de informações privilegiadas e sigilosas, contribuindo para o tráfico e as mortes. O policial é alvo de duas buscas e apreensões, cujos mandados foram expedidos pela Vara da Auditoria da Justiça Militar do Paraná, para cumprimento pelo MPPR com apoio da Corregedoria da PM.
Investigações – As investigações, iniciadas em março de 2022 pelo Gaeco e corroboradas por inquéritos da Polícia Civil, indicam que vários homicídios e tentativas de assassinatos ocorridos em Ponta Grossa em 2021 e 2022 estão relacionados a um conflito entre facções criminosas que disputam o mercado de drogas na região. Para a execução dos crimes, os criminosos utilizaram armas de calibres restritos, como fuzis e pistolas 9 mm.
Dentre os homicídios suspeitos de serem determinados e executados pela facção, está o de uma advogada assassinada em março deste ano. A disputa territorial seria responsável pelo aumento expressivo dos crimes dolosos contra a vida na região de Ponta Grossa em 2021 e 2022. Com o cumprimento dos mandados, o Ministério Público e a Polícia Civil pretendem desarticular os grupos criminosos e prender o principal líder local de uma das facções, que estava escondido no município de São Paulo.
Assessoria de Comunicação