Saúde divulga primeiro caso de sarampo em Ponta Grossa
Prefeitura alerta sobre doença e reforça importância da vacinação
Na tarde desta quarta-feira (18) a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa, através da Fundação de Saúde (FMS), divulgou o primeiro caso importado de sarampo. A paciente adquiriu a doença em outra cidade, viajou para Minas Gerais, passou por São Paulo e Rio de Janeiro, mas foi notificada aqui através de hospital da rede privada. A paciente é do sexo feminino, tem 27 anos, foi notificada no dia cinco de setembro deste ano.
Diante da confirmação do primeiro caso importado de sarampo na cidade, a FMS reforça o alerta de vacinação. “O vírus do sarampo é altamente transmissível e somente medidas de prevenção relacionadas a doenças respiratórias, tais como a higienização das mãos e manter o ambiente ventilado, não bastam. A vacina acaba sendo a principal forma de prevenção contra o sarampo”, destaca a coordenadora de vigilância epidemiológica, Caroliny Stocco.
Hoje, o município conta com 21 salas de vacina, localizadas em Unidades Básicas de Saúde (UBS), que realizam a aplicação da vacina de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h, das 13h às 16h, de acordo com a rotina. Quem não tem certeza de que tomou a vacina pode verificar se há registro na carteira vacinal ou procurar a UBS, com sala de vacina, mais próxima de casa. “É muito importante que as pessoas que tiverem a carteira de vacina se apresente na UBS com ela, pois agilizará o atendimento e o processo de atualização e aplicação”, ressalta o secretário adjunto de Saúde, Rodrigo Manjabosco.
Calendário de rotina
Dentro do calendário de rotina do Ministério da Saúde é indicada uma dose da tríplice viral ou SCR (que protege contra sarampo, caxumba e rubéola) aos 12 meses de idade e uma dose da tetra viral ou SCRV (contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses de idade. Ponta Grossa conta hoje com 90% deste público imunizado.
“Quem não completou este esquema vacinal quando era criança precisa atualizar a carteira de vacinação. Adolescentes e adultos menores de 30 anos precisam ter tomado durante a vida, pelo menos, duas doses de tríplice viral ou SRC (ou uma da tríplice e outra da tetra viral). Já os adultos de 30 a 49 anos precisam ter tomado, ao menos, uma dose da tríplice viral após 1 ano de idade”, explica Manjabosco. Quem já tomou duas doses da vacina, após um ano de idade, é considerado imunizado.
O Ministério da Saúde determinou que a vacina seja ofertada também a todas as crianças de 6 a 11 meses do território nacional. A dose da vacina tríplice viral administrada nessa faixa etária, porém, não será considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação da Criança. As crianças de 6 a 11 meses que forem vacinadas neste momento precisarão também receber depois as duas doses previstas no calendário de rotina, aos 12 meses e 15 meses.
Contraindicações
A vacina não dever ser feita em crianças menores de 6 meses de idade, gestantes e pacientes imunodeprimidos ou com reação alérgica grave (anafilaxia) após dose prévia ou após contato com as substâncias que compõem a vacina. Recomenda-se também um intervalo de 30 dias após a vacina para as mulheres que querem engravidar.