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Saúde registra primeiro caso de coqueluche em PG

6 de fevereiro de 2019 - 14:28

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) confirmou laboratorialmente um caso de coqueluche em Ponta Grossa. É o primeiro caso em 2019

Trata-se de uma notificação no mês de janeiro deste ano referente a uma criança do sexo feminino, com 1 mês de idade, fase em que ainda não recebeu a 1ª dose de vacina contra a coqueluche. A coqueluche, conhecida popularmente como “tosse comprida”, é uma doença transmissível causada por uma bactéria, Bordetella pertussis, a qual compromete o aparelho respiratório.

O principal sintoma da doença é a tosse seca há 14 dias ou mais, associada a outros sintomas. “Tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas em uma única expiração; ruído ao inspirar; coloração arroxeada ao redor da boca, saliência dos olhos e da língua (para fora da boca), salivação e vômitos pós-tosse”, explica a chefe de vigilância epidemiológica, Caroliny Stocco.

De acordo com a chefe de vigilância, em adolescentes e adultos, a coqueluche nem sempre se apresenta sob a forma clássica. “A doença poderá manifestar-se sob formas atípicas, com tosse persistente, porém sem paroxismos e o guincho característico”, ressalta Caroliny.

A coqueluche é transmitida através do contato direto da pessoa doente com pessoa suscetível, isso acontece pelas gotículas de secreção eliminadas por tosse, espirro ou ao falar e ainda pode acontecer a transmissão por objetos contaminados recentemente com secreções respiratórias. “O período de transmissibilidade se estende do 5º dia após a exposição até três 3 semanas após o início da tosse”, diz Caroliny.

Como prevenir

A vacina contra coqueluche é a Pentavalente e está disponível na rede pública. O esquema é composto por três doses, sendo que as aplicações acontecem aos dois, quatro e seis meses. Aos 15 meses é realizado o primeiro reforço com a vacina DTP e o segundo reforço deve ser realizado aos quatro anos.

Em 2014, o Ministério da Saúde disponibilizou a vacina dTpa para gestantes, como estratégia para conferir imunidade temporária para o bebê. “É uma vacina inativada, portanto, sem riscos teóricos para a gestante e o feto. É recomendada a partir da 20ª semana até a 36ª semana de gestação”, esclarece Caroliny.

O indivíduo torna-se imune temporariamente após adquirir a doença (aproximadamente 15 anos) ou após receber vacinação adequada. Em média de cinco a 10 anos após a última dose da vacina, a proteção pode declinar, e o indivíduo torna-se suscetível novamente.

Casos em Ponta Grossa

Os casos são monitorados pela FMS, através da Gerência de Epidemiologia, e são notificados pelos estabelecimentos de saúde. Em 2016 foram confirmadas 14 pessoas com a doença, em 2017 e 2018 seis casos cada e neste ano um até o momento, todos menores de um ano até 4 anos de idade. “Os casos suspeitos devem ser afastados de suas atividades habituais (creche, escola, trabalho, entre outros) por pelo menos cinco dias após o início de tratamento com o antibiótico preconizado por protocolo.

Redação Agora1
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