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Operação policial identifica falsos oftalmologistas no Paraná

18 de outubro de 2017 - 05:52

Vinte pessoas foram encaminhadas para a Delegacia de Estelionato (DE) de Curitiba, na manhã desta de terça-feira (17), durante uma operação policial deflagrada pela especializada, através da Divisão de Crimes Contra o Patrimonio (DCCP) em conjunto com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).

A ação realizada em óticas situadas na região central da cidade, teve como objetivo investigar crimes de falsidade ideológica cometidos por optometristas (profissional da área da saúde que se dedica ao estudo e investigação das anomalias visuais).

Durante a operação foram apreendidos cerca de R$ 10 mil em dinheiro, sem origem, diversas fichas cadastrais de clientes, formulários de declarações, receituários, além de uma lente de contato encontrada com uma vítima que será periciada.

As investigações duraram cerca de um mês, das 20 pessoas encaminhadas, três eram optometristas que agiam como se fossem oftalmologistas, inclusive prescrevendo receitas de óculos para pacientes. Os demais encaminhados, foram as secretárias dos consultórios, as pessoas que abordavam os pacientes nas ruas e algumas vítimas.

De acordo com a DE, o valor da consulta era de R$ 50 e as abordagens aconteciam todos os dias. Após a abordagem, a vítima era encaminhada para um consultório, onde saia com a receita e com o nome da loja onde faria seus óculos ou lentes de contatos de grau.

“A vítima acreditava que havia se consultado com um oftalmologista, porém quem as atendia era um optometrista. O intuito desta operação foi coibir as vendas casadas de receituários médicos com venda de óculos”, explicou a delegada responsável pelo caso, Vanessa Alice.

O diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação e representante da Abióptica na operação, Rodolpho Ramazzini, também comentou sobre a ação policial. “A operação de hoje foi um grande alerta para que os consumidores não sejam mais lesados em óticas não pratiquem vendas casadas. Medidas como essa são essenciais para alcançar uma concorrência legal e justa no mercado óptico brasileiro”, concluí.

O três optometristas, bem como os proprietários das óticas responderão pelo crime de ordem econômica. As investigações seguem.

Redação Agora1
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