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Em Imbituva, casal de pastores são presos por cárcere privado contra duas crianças

12 de abril de 2017 - 20:06

Um casal de pastores foi preso nesta quarta-feira (12), após o cumprimento de mandado de busca e apreensão e prisão, suspeitos de manter dois filhos (9 e 12 anos), em cárcere privado. A ação chegou até a Polícia Civil de Imbituva através de denúncias e do Conselho Tutelar do município.

De acordo com a polícia, as crianças foram resgatadas vivendo num quartinho nos fundos da residência principal sem luz elétrica e televisão. “Quando não tinha ninguém em casa, eles eram trancados. Eles só saiam do local para ir a escola, e às vezes na casa dá avó com o pai”, afirma a delegada responsável pelo caso, Emanuele Siqueira, completando que no quarto das crianças tinha apenas um beliche, um guarda-roupa e uma mesa para estudo.

A delegada conta ainda que no momento que a equipe policial chegou até o local, as crianças começaram a arrumar suas coisas e não quiseram continuar morando no local. “Elas foram ouvidas na delegacia na presença de uma psicóloga e ficaram felizes em saber que iram para um abrigo”, disse a delegada.

A equipe policial levantou que a comida era servida pelo pai na hora do almoço e jantar, após as refeições eles eram obrigados a limparem os utensílios utilizados e a lavarem os uniformes escolares.

A delegada ressalta também que a residência do casal era uma casa aconchegante com quatro quartos, dois banheiros, vários televisores, além de moveis planejados, porém as crianças não podiam entrar no local. “A mulher têm dois filhos (19 e 20 anos) que moram em Curitiba onde estudam em faculdade particular”, ressalta Emanuele.

O casal foi ouvido na delegacia. Eles alegaram que o comportamento faz parte da educação rígida que eles passavam aos filhos. Questionada sobre a falta de luz, a mulher alegou que as crianças dormiam cedo, por volta das dezenove horas e por isso não precisam de luz.

Segundo relatos das vítimas na delegacia caso tirassem menos de 8,5 na escola, eles eram castigados. Mas de acordo com a Polícia não havia sinais de agressões.

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Redação Agora1
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