Agora1

Mulher é condenada a 11 anos de reclusão por chamar policial de macaco

20 de agosto de 2016 - 10:58

Uma mulher foi condenada a 11 anos de reclusão, em regime aberto, pelo crime de injúria racial após chamar um policial militar de “macaco”, na cidade de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O crime aconteceu quando a PM foi acionada para atender um caso de briga familiar. Segundo a vítima, o cabo Deyvson Paulo Nazaré, quando a equipe chegou ao local, os familiares estavam agitados e, ao tentar conter a situação, as agressões verbais tiveram início.

Ela então se enfureceu e começou a proferir palavras do tipo “macaco”

A mulher, que não quis se identificar, apresentou uma outra versão do acontecimento. Ela conta que resolveu chamar a polícia depois que o marido e o filho dela começaram a brigar dentro de casa. Segundo ela, quando a polícia chegou 30 minutos após o início da confusão, a briga já estava acontecendo em uma praça próximo à casa da família. De acordo com a mulher, ela e o cabo Nazaré  teriam se desentendido e, ambos, teriam trocado xingamentos na praça.

Apesar do desentendimento com a mulher, o cabo Nazaré lamenta o acontecimento de casos de injúria racial tanto com ele, quanto com outras pessoas.

— A sensação que a gente tem é de piedade porque é uma pessoa que não tem tanto esclarecimento. Haja vista o que ela fez e o que pode ter feito com outra pessoa.

A condenação

O caso foi encaminhado à justiça e a indiciada foi condenada tanto por desacato, quanto por injúria racial. Ela recebeu a pena de 11 anos de reclusão em regime aberto e ao pagamento de multa por injúria, além de seis meses de detenção por desacato à autoridade. A condenação não cabe recurso, mas a pena pode ser revertida.

A presidente da Comissão de Direito Penal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Contagem, Alessandra de Abreu e Silva, destaca quais instâncias devem ser procuradas em casos de ações racistas.

— Uma vez que a vítima sofre tanto atos de racismo, quanto de injúria racial, ela pode procurar a autoridade policial ou o Ministério Público para que seja iniciada uma ação penal contra o agressor.

Além de cabo da policia militar, o homem estudou direito na Famig (Faculdade Minas gerais)

324653_218013234942462_1704323891_o

Foto: Reprodução do facebook/ com informações do R7 Noticias

Agora 1

 

O site reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.

Redação Agora1
Redação Agora1
Equipe de redação do Portal Agora1. Gostaria de nos informar algo? Entre em contato! Clique aqui e nos envie um e-mail agora mesmo.